
Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque (Recife, 20 de fevereiro de 1944) é um político e acadêmico brasileiro, membro do Partido Democrático Trabalhista (PDT). É casado e tem duas filhas.
Resumo biográfico
Graduado em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco (1966). Nessa época, envolveu-se com política estudantil, tendo sido militante da Ação Popular, um grupo ligado à Igreja Progressista de Esquerda. Após o golpe militar de 1964, devido às perseguições da ditadura, seguiu para um auto-exílio na França, onde obteve o doutorado em economia pela universidade de Sorbonne (Paris), em 1973. Trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) entre os anos de 1973 e 1979, tendo ocupado postos no Equador, em Honduras e nos Estados Unidos. Foi reitor da Universidade de Brasília (o primeiro por eleição direta, após a ditadura militar), governador do Distrito Federal, ministro da educação e atualmente é senador da república, tendo sido eleito com o maior número de votos que já foi dado a um político no Distrito Federal. Autor de dezenas de livros, tem inúmeros artigos publicados e foi consultor de diversos organismos nacionais e internacionais no âmbito das Nações Unidas (ONU). Presidiu o Conselho da Universidade para a Paz da ONU e participou da Comissão Presidencial para a Alimentação, dirigida pelo falecido sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. É membro do Instituto de Educação da Unesco. Criou a ONG Missão Criança, que patrocina um programa de bolsa-escola para mais de mil famílias, com recursos oriundos da iniciativa privada. Foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Literatura de 1995, na categoria "Ciências Humanas". A intenção de promover uma "revolução... pela educação" é uma idéia que segue a linha de pensamento de importantes intelectuais brasileiros, como Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e Paulo Freire.
Governo do Distrito Federal (1995-1998)
O projeto bolsa-escola, implementado no Distrito Federal durante seu governo, foi premiado no Brasil e no exterior. Apesar de ter obtido 58% de aprovação (notas ótimo e bom) em pesquisa do instituto Datafolha realizada ao final de seu mandato, ficando classificado como o quarto governador de estado mais popular à época, não conseguiu a reeleição, perdendo para Joaquim Roriz (PMDB) por pequena margem de votos. Cristovam atribui a derrota à promessa que o adversário fez, em campanha, de conceder um grande aumento salarial para o funcionalismo público do Distrito Federal. A promessa não foi cumprida por Roriz.
Candidatura presidencial de 2006
Foi candidato a Presidente da República nas eleições de 2006 pelo PDT, tendo o senador Jefferson Peres como vice-presidente. A principal bandeira de sua campanha foi a federalização de uma educação pública de qualidade para o nível básico (ensino pré-escolar, fundamental e médio), vista como pré-requisito para a solução de todos os demais problemas brasileiros a médio e longo prazos. Para alcançar esse objetivo, propôs a federalização de alguns aspectos da área, como, por exemplo, a definição de padrões mínimos para a infra-estrutura educacional (prédio, equipamentos etc.), currículos dos cursos e formação de professores, que passariam a ter um piso salarial de R$ 800,00. Obteve a quarta colocação no primeiro turno, atrás de Lula, Geraldo Alckmin e Heloísa Helena, tendo recebido 2.538.834 votos, equivalentes a 2,42% dos votos totais e 2,64% dos votos válidos.
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