Tuesday, October 17, 2006

Tancredo Neves


Tancredo de Almeida Neves (São João del-Rei, 4 de março de 1910 — São Paulo, 21 de abril de 1985) foi um político brasileiro.

Foi eleito presidente do Brasil por um colégio eleitoral em 1985, mas não chegou a tomar posse no cargo.

Tancredo Neves, formou-se em Direito, tendo exercido o cargo de promotor-público. Foi casado com Risoleta Guimarães Tolentino, com quem teve três filhos. Recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Coimbra.

Aécio Neves, governador de Minas Gerais eleito em 2002, é seu neto.

Início da carreira
Iniciou a carreira política em 1933, ao filiar-se ao Partido Progressista; em 1934, foi eleito vereador e prefeito interino em São João del-Rei.

Em 10 de novembro de 1937 presidia a câmara municipal de São João del-Rei quando Getúlio Vargas fechou o poder legislativo do Brasil.

Durante o Estado Novo foi preso duas vezes, em (1937 e 1939). Com o fim do Estado Novo voltou à política, eleito deputado estadual em 1947, deputado federal em 1950 e 1953, sempre pelo PSD mineiro.

Ministro e primeiro-ministro
Durante o governo constitucional de Getúlio Vargas foi Ministro da Justiça e Negócios Interiores.

No governo de Juscelino Kubitschek foi presidente do Banco do Brasil.

Em 1960 foi derrotado por Magalhães Pinto quando se candidatou ao governo de Minas Gerais.

Após a renúncia do presidente Jânio Quadros, articulou uma solução de compromisso com a instalação do parlamentarismo (1961), evitando que João Goulart fosse impedido de assumir a presidência por golpe militar. Foi primeiro-ministro, cargo que exerceu por dez meses.

Voltou à Câmara dos Deputados em 1963, lá permanecendo até 1979
Oposição ao Regime Militar
Apoiou o Governo de João Goulart até o final em março de 1964. Fez oposição à Revolução de 1964 desde seu início e foi um dos fundadores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

Em 1978 foi eleito senador, e, a seguir, Governador do Estado de Minas Gerais, eleito por voto direto em 15 de novembro de 1982.

Com o fim de ARENA e MDB, Dr. Tancredo fundou, junto com Magalhães Pinto, o Partido Popular (PP), de curta duração, em 1981 e ingressou no novo PMDB.

As diretas-já e o colégio eleitoral
Em 1984 participu do movimento das diretas-já que visava reestabelecer eleições diretas para a presidência da república.

Derrotada a emenda das diretas-já, torna-se candidato do PMDB à presidência da república, pelo colégio eleitoral.

Tancredo Neves foi indicado por uma coligação de partidos, com apoio de Ulysses Guimarães (a figura mais importante no período de redemocratização do país). Tendo como candidato a vice na mesma chapa José Sarney, venceu o pleito em 15 de janeiro de 1985, por 480 votos contra 180 de Paulo Maluf.

A articulação que elegeu a dupla Tancredo e Sarney é tida ainda hoje como uma das mais complexas e bem-sucedidas na história política do país.

Conta-se que Tancredo vinha silenciosamente trabalhando pela sua candidatura desde 1983. No ano seguinte, com a derrota da emenda das Diretas Já, rejeitada pelo Congresso Nacional, ele foi granjeando simpatias.

Convenceu Ulysses Guimarães a não concorrer no Colégio Eleitoral, conquistou o apoio de Antônio Carlos Magalhães e montou a Aliança Democrática, que possibilitou a união do PMDB com dissidentes do PDS (sucessor da Arena) e deu corpo ao PFL. Com Sarney como vice, derrotou Paulo Maluf na última eleição indireta do país.

A doença e a morte
Tancredo havia se submetido a uma agenda de campanha bastante extenuante e vinha sofrendo fortes dores no estômago, durante os dias que antecederam a posse. Aconselhado por médicos a procurar tratamento, teria dito: Façam de mim o que quiserem - depois da posse. Tancredo temia que os militares mais reacionários se recusassem a passar o poder ao vice-presidente. Porém, a sua saúde não resistiu e, na véspera da posse (14 de março de 1985), foi internado em Brasília com fortes dores abdominais.

José Sarney assumiu a presidência aguardando o reestabelecimento de Tancredo, que a partir de então, já em São Paulo, sofreu sete cirurgias. No entanto, em 21 de abril (na mesma data e hora da morte do mártir nacional Tiradentes), os aparelhos de circulação e respiração artificial que o mantinham em estado vegetativo são desligados e Tancredo falece vítima de infecção generalizada, aos 75 anos. A morte de Tancredo foi anunciada pelo seu porta-voz, Antônio Britto.

Houve grande comoção nacional, especialmente por que Tancredo Neves seria o primeiro presidente civil após o Golpe de 1964. O Brasil, que acompanhara tenso e comovido a agonia do político mineiro, promoveu um dos maiores funerais da história nacional. Calculou-se na época que, entre São Paulo, Brasília, Belo Horizonte e São João del-Rei, mais de dois milhões de pessoas viram passar o esquife. Coração de Estudante, uma música do cantor mineiro Milton Nascimento, marcou o episódio na memória nacional.

O epitáfio que o presidente eleito previra certa vez numa roda de amigos, em conversa no Senado, não chegou a ser gravado na lápide, em São João del-Rei: Aqui jaz, muito a contragosto, Tancredo de Almeida Neves.
Tancredo hoje
Vinte anos após, o corpo médico revelou que não divulgou o laudo correto da doença à época, que não teria sido diverticulite porém um tumor. Embora benigno o anúncio de um tumor poderia ser interpretado como câncer, causando efeitos imprevisíveis no andamento político no momento.

Em seu lugar, assumiu a presidência da República seu vice José Sarney, encerrando o período de governos militares, apelidado Anos de chumbo, iniciado com o Golpe de 1964.

Mesmo sem nunca ter tomado posse, Tancredo Neves é, por força de lei, elencado entre os ex-presidentes do Brasil. Pela lei 7.465 de 21 de Abril de 1986, o cidadão Tancredo de Almeida Neves, eleito e não empossado, por motivo de seu falecimento, figurará na galeria dos que foram ungidos pela Nação brasileira para a Suprema Magistratura, para todos os efeitos legais.

José Sarney


José Sarney de Araújo Costa (Pinheiro, 24 de abril de 1930) é um político e escritor brasileiro. Foi o 35º presidente da República Federativa do Brasil, entre 1985 e 1990.

Origem e formação
Nascido José Ribamar Ferreira de Araújo Costa no estado do Maranhão, filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Ferreira de Araújo Costa.

Em 1965 adotou legalmente o nome de José Sarney de Araújo Costa, o qual já utilizava para fins eleitorais desde 1958, por ser conhecido como "Zé do Sarney", isto é, José filho de Sarney. O pai, por sua vez, recebeu esse nome por ter nascido na propriedade de um certo Sir Ney, de origem britânica, onde o avô de José Sarney trabalhava.

Fez os estudos secundários no Colégio Marista e no Liceu Maranhense, cursando em seguida a Faculdade de Direito do Maranhão, pela qual se bacharelou em 1953. Por essa época ingressou na Academia Maranhense de Letras.

Segundo Maurício Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, Ferreira Gullar e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores.
A carreira política
Ingressou na vida pública na década de 1950. Foi deputado federal, pela primeira vez em 1955, portanto é o parlamentar mais antigo ainda em atividade no Congresso Nacional.

Ao longo de sua carreira política, foi diversas vezes deputado e 4 vezes senador. Foi governador do Maranhão entre 1966 e 1971 e Presidente da República 1985-1990. Já integrou a UDN, foi presidente da Arena e do PDS, e posteriormente filiou-se ao PFL e ao PMDB.

Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1980, ocupando a cadeira de número 38, cujo patrono é Tobias Barreto.

Após deixar a presidência em 1990, Sarney continuou sua trajetória política como Senador. De 1995 a 1997 e de 2003 a 2005 foi presidente do Senado Federal, cargo que é cumulativo com o de presidente do Congresso Nacional.

José Sarney é pai de Roseana Sarney, eleita governadora do Maranhão em 1994, de Sarney Filho, eleito deputado federal pelo Maranhão em 2002, e do empresário Fernando José Sarney. A família controla o conglomerado Sistema Mirante de Comunicações, dono de três retransmissoras de televisão (afiliadas à Rede Globo), seis emissoras de rádio e o jornal O Estado do Maranhão
A presidência da República
José Sarney tornou-se presidente após o adoecimento e posterior morte de Tancredo Neves, entre março e abril de 1985. Sarney foi eleito vice-presidente da República na chapa de Tancredo Neves por eleição indireta, superando o candidato Paulo Maluf.

Seu mandato se caracterizou pela consolidação da democracia brasileira, mas também por uma grave crise econômica, que evoluiu para um quadro de hiperinflação histórica e moratória.

Também se notabilizaram as acusações de corrupção endêmica em todas as esferas do governo - sendo o próprio Presidente José Sarney denunciado, embora as acusações não tenham sido levadas à frente pelo Congresso Nacional. Foram citadas suspeitas de superfaturamento e irregularidades em concorrências públicas, como a da licitação da Ferrovia Norte-Sul.

Vida pública após a Presidência
Depois de transmitir a Faixa Presidencial a Collor de Melo, Sarney trocou de domicílio eleitoral, candidatando-se ao Senado pelo recém-criado estado do Amapá. Sarney venceu todas as eleições para o Senado nas quais concorreu desde então, e é representante do estado há dezesseis anos.

Nas eleições de 2006, porém, enfrenta concorrência acirrada de Cristina Almeida, candidata pelo PSB. Com altos índices de rejeição, Sarney aparece nas pesquisas em situação próxima a empate técnico com Almeida.

No estado, em 2006, a pintura de uma charge em um muro da cidade deu início à uma corrente denominada Xô Sarney, encampada por partidários de diversas tendências políticas, cujo objetivo é impedir a continuidade de Sarney e seus apoiadores na política amapaense. O alcance nacional do movimento, impulsionado principalmente via internet, e as dificuldades enfrentadas por Sarney em sua campanha ao Senado, levaram-no a recorrer seguidas vezes à Justiça, demandando censura e indenização reparatórias, motivadas por danos a sua imagem. O Poder Judiciário tem, freqüentemente, atendido a estas ações, em casos controversos, e de repercussão internacional.

Contrariando as pesquisas, Sarney se elegeu para o terceiro mandato no Senado.

Collor


Fernando Affonso Collor de Mello (Rio de Janeiro, 12 de agosto de 1949) é um empresário e político brasileiro, foi presidente do Brasil entre 1990 e 1992.

Seu governo foi marcado pelo Plano Collor pela abertura do mercado nacional às importações e por não ter terminado o mandato, tendo sofrido um processo de impeachment fundado em acusações de corrupção.

Origem e formação
Nascido numa família tradicional de políticos alagoanos, filho de Arnon de Melo, ex-governador Alagoas, estado pelo qual também foi senador.

Seu avô materno, Lindolfo Collor, foi um dos principais líderes da Revolução de 1930 e, depois, organizou o Ministério do Trabalho, da Indústria e do Comércio, do qual foi titular até 1932, ano em que se afastou politicamente de Getúlio Vargas e participou da Revolução Constitucionalista de São Paulo.

Collor foi presidente, por um curto período, do clube de futebol CSA, da capital alagoana, Maceió.

Antes de entrar na vida pública trabalhou como jornalista do Jornal do Brasil (entrando no jornal com a ajuda de Carlos Castello Branco), foi gerente do Fundo Oportunitty (em parceria com Ronaldo Cézar Coelho) e foi superintendente das Organizações Arnon de Mello, que compreende a TV, rádio e jornal Gazeta de Alagoas
Collor tornou-se conhecido nacionalmente em três programas eleitorais em 1989 bem produzidos em termos de marketing.

Em 1989 ele derrotou Luiz Inácio Lula da Silva em uma acirrada eleição presidencial - a primeira eleição direta para presidente desde 1960. Nesta eleição participaram também entre outros: Ulisses Guimarães, Mário Covas, Leonel Brizola, Paulo Maluf e Fernando Gabeira.

Dias antes do pleito, ele apresenta ao público brasileiro Miriam Cordeiro, ex-mulher de Lula, que acusou o candidato petista de ser racista e de ter pedido o aborto de sua filha Lurian.

Em contrapartida à imagem esquerdista de seu oponente e futuro presidente a partir de 2003, Collor exibia-se como um verdadeiro arauto da modernidade, em termos de comportamento, postura e política econômica.

Eleito pelo PRN, no segundo turno (contra o candidato Lula, com 32,75% (contra 37,86%), de um total de 66.166.362 votos.

Collor foi o presidente mais jovem a assumir o cargo até hoje (tinha quarenta anos em 1990).
Votação do impeachment
Os políticos também foram motivados - mesmo que pensando em sua sobrevivência política - pela pressão popular. O estigma de votar contra o afastamento de um presidente acusado de corrupção e execrado pela opinião pública poderia inviabilizar candidaturas, especialmente aquelas envolvidas nas eleições municipais que iriam ocorrer quatro dias depois. Seria também um pesado fardo político para ser carregado por aqueles que tentassem a reeleição ao Congresso em 1994. Todos os deputados que eram candidatos a cargos municipais votaram pelo afastamento de Fernando Collor.

Várias mudanças ocorreram também no calor da votação. Votos que eram contabilizados para o governo, subitamente, tornaram-se pró-impeachment. Dois desses votos, talvez, merecessem um certo destaque: em primeiro lugar o deputado Onaireves Moura (PTB-PR), que dias antes havia organizado um jantar de desagravo ao presidente e posteriormente votou pela aprovação do impeachment. Em segundo lugar, demonstrando o completo isolamento do presidente, o voto de Cleto Falcão, ex-líder do PRN na Câmara e amigo íntimo de Collor.

Por sua vez, os meios de comunicação de massas também foram envolvidos por esse turbilhão de manifestações.

O “estímulo” definitivo para os parlamentares foi oferecido em 23 de setembro de 1992, quando o Supremo Tribunal Federal decidiu que a votação para o afastamento do presidente Collor, na Câmara, seria através do voto aberto. Seria impossível, pois, a partir desse momento esquivar-se do “clamor popular”, da “voz das ruas”.

A votação terminou com a aprovação do impeachment: 441 votos a favor do impeachment, e 38 votos contra.

O processo dependia agora da aprovação do Senado Federal. Para escapar do impeachment - que a essa altura era considerado certo - Collor renunciou em 27 de dezembro de 1992.


Collor durante campanha ao Senado de 2006.Mesmo assim, o Senado o julgou e, por 76 votos contra 5, Collor foi considerado culpado por crime de responsabilidade, tendo seus direitos políticos suspensos por oito anos.
Collor foi sucedido pelo seu vice-presidente, Itamar Franco.

Em dezembro de 1994, Fernando Collor foi absolvido das acusações de corrupção pelo Superior Tribunal de Justiça brasileiro, por cinco votos favoráveis e três contrários. Mesmo assim, continuou suspenso da vida pública por 8 anos.

Em 23 de junho de 1996, seu ex-tesoureiro Paulo César Farias (conhecido como PC Farias) foi encontrado morto em sua cama ao lado da amante Susana Marcolino, ambos assassinados a tiros, em circunstâncias até hoje não totalmente esclarecidas. Pouco se falou em "queima de arquivo", mas as perícias judiciais (que também foram questionadas) apontaram que seu assassinato foi decorrente de "crime passional". Até hoje, não há consenso sobre a questão.

Collor foi acusado perante o Supremo Tribunal Federal do crime comum de formação de quadrilha, havendo sido absolvido por falta de provas. Collor foi absolvido de 103 acusações feitas contra ele.

Após o decurso da sua inelegibilidade, em 2000, Collor tentou concorrer à prefeitura de São Paulo, mas não obteve sucesso. Em 2002, ele concorreu ao governo de seu estado, Alagoas, mas perdeu novamente. O êxito de Collor nas urnas de 2004 foi ter conseguido eleger o filho Fernando James (PRTB), que Collor reconheceu alguns anos antes, por um exame de DNA, vereador em Rio Largo, na grande Maceió.

E em 2006, Collor foi candidato ao senado pelo PRTB. O ex-presidente foi confirmado candidato apos o presidente do partido no Estado, Eraldo Firmino, desistir de participar da disputa. Depois, o PRTB havia registrado o nome do motorista Givaldi Francisco da Silva, mas ele renunciou por não ter idade mínima de 35 anos. No fim de agosto de 2006, alguns dias depois de iniciada a propaganda eleitoral no rádio e na TV, o registro protocolado da candidatura de Collor ao senado foi deferido.

Mesmo com menos de 1 minuto de propaganda no rádio e na TV, o ex-presidente passou para a liderança das pesquisas assim que sua candidatura foi confirmada. Collor venceu as eleições para o senado em Alagoas com 44% dos votos válidos, contra 40% do ex-governador Ronaldo Lessa. E a partir do dia 1º de janeiro de 2007 vai ocupar a cadeira hoje ocupada pela ex-presidenciável Heloísa Helena, do PSOL.

Itamar Franco


Itamar Augusto Cautiero Franco (nascido em 28 de junho de 1930) é um político brasileiro. Foi presidente do Brasil entre 2 de outubro de 1992 e 1 de janeiro de 1995.

Vida Pública antes da presidência
Itamar foi prefeito de Juiz de Fora de 1967 a 1971, voltando ao cargo em 1973 a 1974. Em 1974, ele renunciou ao cargo de prefeito para concorrer, com sucesso, ao Senado Federal como representante de Minas Gerais.

Eleito senador, rapidamente, ele ganhou influência no MDB, o partido de oposição ao regime militar que governou o Brasil de 1964 a 1985.

Foi reeleito ao senado federal em 1982. Foi derrotado na disputa pelo governo de Minas Gerais em 1986, como candidato do PL (Partido Liberal), por Newton Cardoso, do PMDB.

Em 1989, Itamar abandonou o PL, trocando-o pelo pequeno PRN (Partido da Reconstrução Nacional), para ser candidato a vice-presidente na chapa de Fernando Collor à presidência da república.

Itamar Franco tomou posse na vice-presidência da república em 15 de março de 1990.

Na presidência da república
Em 1992, Collor foi acusado de corrupção e sofreu um processo de impeachment pelo Congresso Nacional e se licencia do governo.

Itamar assume, interinamente a presidência em 02 de outubro de 1992, sendo formalmente aclamado Presidente em 27 de dezembro de 1992, quando Collor renunciou à presidência.

O Brasil estava no meio de uma grave crise econômica, tendo a inflação chegado a 1100% em 1992, e alcançado quase 6000% no ano seguinte. Itamar trocou de ministros da economia várias vezes, até que Fernando Henrique Cardoso assumisse o ministério da Fazenda.

FHC lançou o Plano Real, que estabilizou a economia e acabou com a crise hiperinflacionária. Fernando Henrique Cardoso passou a ser o candidato oficial à sucessão de Itamar, e foi eleito presidente em outubro de 1994, assumindo a presidência em 01 de janeiro de 1995.

Depois da presidência
Itamar foi o primeiro presidente da República desde Artur Bernardes a eleger seu sucessor. No entanto, se tornou um feroz crítico do governo Fernando Henrique Cardoso, e discordou do programa de privatização de empresas estatais.

Governador de Minas Gerais
Itamar Franco foi eleito governador de Minas Gerais em 1998, pelo PMDB.

Governou Minas Gerais de 1999 a 2003, e não conseguiu a indicação do PMDB para se candidatar a reeleição em 2002. o PMDB escolheu Newton Cardoso como candidato a governador em 2002.

Assim que tomou posse, decretou a moratória do estado de Minas Gerais. Esta atitude polêmica levou Itamar a ser acusado pelo Presidente do Banco Central Armínio Fraga de agir contra a estabilidade de regras necessária à atração de investimentos estrangeiros.

Insurgiu-se contra a privatização da geradora de energia elétrica Furnas, mobilizando a Polícia Militar de Minas Gerais para , dizem alguns, intervir em Furnas.

Itamar terminou seu mandato de Governador em 2003, e desde então passou a ser embaixador do Brasil na Itália, cargo que abandonou em 2005.

Em 2006, tentou se candidatar a Presidente da República pelo PMDB, competindo pela a indicação do partido com com Anthony Garotinho, ex-governador do Rio de Janeiro. Porém, no dia 22 de maio, anunciou sua desistência e sua intenção de disputar uma vaga no Senado Federal. Acabou perdendo a indicação do PMDB de Minas Gerais para o Senado para Newton Cardoso. Com isso, pode ter se aposentado da política.

Itamar anunciou, em 2006, o seu apoio à candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência da República.

Itamar, desde 2002, apóia Aécio Neves, tanto quanto a suas candidaturas ao governo de Minas Gerais como também em relação à sua possível candidatura presidencial de Aécio Neves em 2010

Fernando Henrique Cardoso


(Rio de Janeiro, 18 de junho de 1931) é um sociólogo e político brasileiro formado pela Universidade de São Paulo. É também comumente conhecido por seu acrônimo FHC.
Foi senador por São Paulo, ministro das Relações Exteriores e ministro da Fazenda no governo de Itamar Franco. Foi presidente do Brasil por dois mandatos consecutivos, de 1995 a 2003. Foi ideólogo do MDB e teve uma participação decisiva nos bastidores das diretas-já e na eleição no colégio eleitoral de Tancredo Neves à presidência da república. É co-fundador, eleito em 2001 presidente de honra do PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira).
Origem e formação
Descendente de militares revolucionários de 1922 e 1930, formou-se em sociologia na USP, onde tornou-se um marxista na linha de Antonio Gramsci. Também estão entre seus preferidos Maquiavel e Alexis de Tocqueville. Foi o intérprete das palestras de Sartre no Brasil, em 1960. Foi professor da USP onde foi aposentado compulsoriamente durante a ditadura militar, em 1968. Em seguida exilou-se. Foi professor na Inglaterra e também na França, onde acompanhou de perto o maio de 1968. Foi, nos anos 70, pesquisador do CEBRAP - Centro Brasileiro de Análise e Planejamento, que dava suporte ideológico ao MDB. É casado com a socióloga Ruth Corrêa Leite Cardoso
Militância no MDB
Voltando do exílio em meados dos anos 1970, tornou-se um dos ideólogos do MDB. FHC estimulou o MDB a moldar-se no Partido Democrático norte-americano, isto é, um partido "omnibus" — em latim, "para todos". FHC pregava que, fazendo alianças amplas e repudiando a luta armada, o MDB chegaria ao poder pelo voto. Em 1978, saiu dos bastidores acadêmicos da política e começa a participar em campanhas políticas pessoalmente. Perdeu a sua primeira eleição em novembro de 1978, em que foi candidato a senador por São Paulo. Mas torna-se suplente de Franco Montoro, eleito naquela oportunidade senador da república. Em 1980, quando foi extinto o bipartidarismo e autorizado o multipartidarismo, FHC filiou-se ao PMDB, partido que era o sucessor natural do antigo MDB. FHC assume uma cadeira no Senado em 1983, quando Montoro renunciou ao mandato de senador para assumir o governo de São Paulo.

Participação nas diretas-já
A partir de 1983, com a posse de 10 governadores de oposição ao governo de João Figueiredo, FHC participa das articulações visando a transição do regime militar para a democracia. Em 1984, foi um dos grandes articuladores das diretas-já. Com prestígio junto a Tancredo Neves e Ulysses Guimarães e trânsito entre os militares e na maçonaria, FHC contribuiu para que não houvesse radicalização política e que acontecesse uma transição pacífica do regime militar para a democracia em 1985. Teve voz na formação do governo de Tancredo Neves, mas a morte deste, seguida da ascensão de José Sarney, reduziu sua área de influência.

Presidência da República
Tomou posse como presidente em 1 de janeiro de 1995, tendo nos dois mandatos Marco Maciel, do PFL, como vice-presidente. A política de estabilidade e da continuidade do Plano Real foi o principal apelo da campanha eleitoral de 1998 para a reeleição de FHC. Foi reeleito já no primeiro turno. FHC conseguiu para a sua eleição à presidência o apoio total do PSDB, do PFL, do Partido Progressista Brasileiro – PPB (atual PP) e de parte do PMDB, e conseguiu manter estes apoios nos seus 8 anos de governo, o que deu relativa estabilidade política ao Brasil neste período. No primeiro mandato FHC conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que criou a reeleição para os cargos eletivos do Executivo, sendo o primeiro presidente brasileiro a ser reeleito. Em seu governo houve diversas denúncias de corrupção, dentre as quais merecem destaque a compra de parlamentares para aprovação da reeleição e o favorecimento de alguns grupos financeiros no processo de privatização de empresas estatais. No início de seu segundo mandato, uma forte desvalorização da moeda provocada por crises financeiras internacionais (México, Rússia e Ásia) leva o Brasil à maior crise financeira de sua história, aos juros reais mais altos de sua história e a um aumento enorme na dívida interna. No governo FHC finalmente foi implantado o gasoduto Brasil-Bolívia. Em 1997 entrou em vigor a atual lei eleitoral que se pretende definitiva, pois, antes, tinhamos uma lei eleitoral nova a cada eleição. O governo do presidente FHC findou-se no dia 1º de janeiro de 2003, com a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. FHC foi o primeiro civil eleito pelo voto direto que conseguiu terminar o mandato de presidente desde Juscelino Kubitschek. FHC foi o segundo presidente brasileiro que governou por mais tempo, depois de Getúlio Vargas.

Atualidade
Fernando Henrique Cardoso é co-presidente do Inter-American Dialogue. É membro dos Conselhos Consultivos do Institute for Advanced Study, de Princeton, e da Fundação Rockefeller, em Nova Iorque. Leciona na Universidade de Brown, em Providence. Desde junho de 2005, preside a Fundação Osesp, organização criada para manter a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Até pouco tempo foi presidente do Club de Madrid, cargo que passou ao ex-presidente do Chile, Ricardo Lagos. Escreveu uma autobiografia avaliando seu governo chamada "A arte da política" e um outro livro "Carta a um jovem político". Resume seu pensamento político dizendo que "PT e PSDB disputam quem comanda o atraso". FHC não vê diferenças profundas entre os dois partidos. Em 7 de setembro de 2006, FHC lançou uma "Carta aos Brasileiros" onde analisa o momento político e as eleições de 2006.

Heloisa Helena


Heloísa Helena Lima de Moraes Carvalho (Pão de Açúcar, 6 de junho de 1962) é uma enfermeira, professora e política brasileira.
Biografia
Heloísa Helena desde muito jovem é ligada aos movimentos sociais e sindicais, ingressando na militância política no início da década de 90 em Maceió (Alagoas), onde participou de ações que visavam à defesa de minorias e segmentos sociais menos favorecidos.

Formada em Enfermagem, é professora de Epidemiologia da Universidade Federal de Alagoas (cargo do qual licenciou-se, sem remuneração, para dedicar-se a funções políticas).

Filiada ao Partido dos Trabalhadores, foi eleita em 1998 Senadora por seu estado natal. Formando um grupo dissidente de esquerda às ações do Governo Lula, junto a outros parlamentares desta legenda (como os deputados Babá e Luciana Genro) que por não concordarem com as decisões ditas "neo-liberais" do setor econômico do Partido, passaram a votar contra as determinações do partido. Expulsos em 14 de dezembro de 2003, fundaram um novo partido.

Tendo lutado veementemente contra a decisão do PT, a senadora teve ao seu lado a defesa do também senador Eduardo Suplicy. Após o fato, declarou:

"Eu não vou ficar chorando abraçada à bandeira do partido a que eu dediquei os melhores anos da minha vida para construir e que hoje comodamente me expulsa"
Heloísa Helena converteu-se na parlamentar que maiores críticas tem feito ao governo do PT, sobretudo diante das muitas denúncias de corrupção e desvios de verbas públicas, integrando as Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) formadas.

Atualmente exerce mandato de Senadora da República pelo Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). Foi candidata à presidência pela Frente de Esquerda constituída pelos partidos (PSOL), (PSTU) e (PCB), tendo conseguido pouco mais de 6% dos votos na apuração final.

Cronologia
Até 1992 - Atividade política do Movimento Estudantil, dedicando-se posteriormente ao Movimento Docente e Sindical.
1992 - Eleita vice-prefeita de Maceió pela coligação PSB/PT;
1994 - Eleita deputada estadual em Alagoas, atuando na área da saúde, educação e reforma agrária, dentre outras;
1998 - Eleita a primeira senadora por Alagoas;
2003 - Expulsão do PT.
2004 - Participa da fundação do PSOL, no dia 6 de junho Partido Socialismo e Liberdade;
2006 - Candidatura à Presidência da República.
Heloísa Helena defendeu mudanças na política econômica brasileira, que não podem prescindir de redução na taxa de juros e revisão na tributação imposta à classe média. Convencida de que é possível conciliar desenvolvimento econômico com inclusão social, a presidenciável afirmou que a queda dos juros poderá viabilizar a liberação de R$ 160 bilhões para investimentos públicos na geração de emprego e renda, saúde, educação e segurança pública.

Cristovam Buarque


Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque (Recife, 20 de fevereiro de 1944) é um político e acadêmico brasileiro, membro do Partido Democrático Trabalhista (PDT). É casado e tem duas filhas.

Resumo biográfico
Graduado em engenharia mecânica pela Universidade Federal de Pernambuco (1966). Nessa época, envolveu-se com política estudantil, tendo sido militante da Ação Popular, um grupo ligado à Igreja Progressista de Esquerda. Após o golpe militar de 1964, devido às perseguições da ditadura, seguiu para um auto-exílio na França, onde obteve o doutorado em economia pela universidade de Sorbonne (Paris), em 1973. Trabalhou no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) entre os anos de 1973 e 1979, tendo ocupado postos no Equador, em Honduras e nos Estados Unidos. Foi reitor da Universidade de Brasília (o primeiro por eleição direta, após a ditadura militar), governador do Distrito Federal, ministro da educação e atualmente é senador da república, tendo sido eleito com o maior número de votos que já foi dado a um político no Distrito Federal. Autor de dezenas de livros, tem inúmeros artigos publicados e foi consultor de diversos organismos nacionais e internacionais no âmbito das Nações Unidas (ONU). Presidiu o Conselho da Universidade para a Paz da ONU e participou da Comissão Presidencial para a Alimentação, dirigida pelo falecido sociólogo Herbert de Souza, o Betinho. É membro do Instituto de Educação da Unesco. Criou a ONG Missão Criança, que patrocina um programa de bolsa-escola para mais de mil famílias, com recursos oriundos da iniciativa privada. Foi agraciado com o Prêmio Jabuti de Literatura de 1995, na categoria "Ciências Humanas". A intenção de promover uma "revolução... pela educação" é uma idéia que segue a linha de pensamento de importantes intelectuais brasileiros, como Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro e Paulo Freire.
Governo do Distrito Federal (1995-1998)
O projeto bolsa-escola, implementado no Distrito Federal durante seu governo, foi premiado no Brasil e no exterior. Apesar de ter obtido 58% de aprovação (notas ótimo e bom) em pesquisa do instituto Datafolha realizada ao final de seu mandato, ficando classificado como o quarto governador de estado mais popular à época, não conseguiu a reeleição, perdendo para Joaquim Roriz (PMDB) por pequena margem de votos. Cristovam atribui a derrota à promessa que o adversário fez, em campanha, de conceder um grande aumento salarial para o funcionalismo público do Distrito Federal. A promessa não foi cumprida por Roriz.
Candidatura presidencial de 2006
Foi candidato a Presidente da República nas eleições de 2006 pelo PDT, tendo o senador Jefferson Peres como vice-presidente. A principal bandeira de sua campanha foi a federalização de uma educação pública de qualidade para o nível básico (ensino pré-escolar, fundamental e médio), vista como pré-requisito para a solução de todos os demais problemas brasileiros a médio e longo prazos. Para alcançar esse objetivo, propôs a federalização de alguns aspectos da área, como, por exemplo, a definição de padrões mínimos para a infra-estrutura educacional (prédio, equipamentos etc.), currículos dos cursos e formação de professores, que passariam a ter um piso salarial de R$ 800,00. Obteve a quarta colocação no primeiro turno, atrás de Lula, Geraldo Alckmin e Heloísa Helena, tendo recebido 2.538.834 votos, equivalentes a 2,42% dos votos totais e 2,64% dos votos válidos.

Monday, October 16, 2006

Geraldo Alckmin


Cronologia política
Alckmin iniciou sua vida política aos dezenove anos de idade, em 1972, ainda estudante de medicina, elegendo-se vereador (1973-1977) de sua cidade natal, Pindamonhangaba, pelo antigo MDB. Mais votado entre os eleitos, foi escolhido para presidir a Câmara Municipal. Em seguida foi prefeito (1977-1982) da mesma cidade, então o mais jovem já eleito. Foi deputado estadual de São Paulo (1983-1987) e deputado federal (1987-1990). Em 1988, ele foi um dos fundadores do PSDB.
Em 1990, Alckmin foi reeleito deputado federal por São Paulo como o quarto mais votado do PSDB. Neste segundo mandato, foi autor do projeto do Código de Defesa do Consumidor e relator, na Câmara dos Deputados, do projeto que se converteu na Lei de Benefícios da Previdência Social.
Em 1994, Alckmin compôs a chapa de Mário Covas, como vice-governador para disputar o governo de São Paulo. Com a vitória tucana, assumiu a tarefa de coordenar o programa de privatização do Estado e tornou-se também um dos principais articuladores políticos de Covas no interior paulista, garantindo-lhe a permanência na vaga de vice do governador, que foi reeleito em 1998.
Em 2000, por indicação de Covas, Alckmin foi o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, tendo ficado em terceiro lugar. Desconhecido na capital, saiu de índices de intenção de votos minúsculos para uma votação de 17,21%, ficando apenas 7,6 mil votos atrás do segundo colocado, Paulo Maluf (então no PPB), que foi para o segundo turno contra Marta Suplicy (PT).
Em janeiro de 2001, com o agravamento da saúde de Mário Covas, Alckmin assumiu interinamente o governo do Estado de São Paulo. Com a morte do governador, foi confirmado no posto, para o qual se reelegeu em 27 de outubro de 2002, para o mandato 2003-2006, no segundo turno, com 58,64% dos votos válidos, derrotando José Genoíno (PT). Por já ter exercido uma parte do mandato de Covas, Alckmin não poderia concorrer novamente à reeleição em 2006.
Em 14 de março de 2006, Alckmin foi anunciado pelo PSDB como candidato às eleições presidenciais brasileiras de 2006, após a desistência do prefeito paulistano, José Serra, preferido pela cúpula do partido.
Em 30 de março de 2006 Alckmin deixou o governo do Estado de São Paulo, devido a data-limite para sua desincompatibilização, tendo em vista sua candidatura à Presidente da República do Brasil. No seu lugar assumiu Cláudio Lembo (PFL), vice-governador.

Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho, conhecido como Geraldo Alckmin, (Pindamonhangaba, 7 de novembro de 1952) é um médico e político brasileiro e foi governador do Estado de São Paulo entre 2001 e 2006. Alckmin é o candidato à presidência da República em 2006 pelo PSDB.

É casado com Maria Lúcia Ribeiro Alckmin e tem três filhos. É formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté, com especialização em anestesiologia, no Hospital do Servidor Público do Estado de São Paulo.

Com dezenove anos, ainda no primeiro ano da Faculdade de Medicina, filiou-se ao antigo MDB (Movimento Democrático Brasileiro). Iniciou sua carreira política elegendo-se vereador no município paulista de Pindamonhangaba em 1972. No primeiro mandato, foi escolhido presidente da Câmara Municipal. Alguns anos mais tarde, em 1976, foi eleito prefeito de Pindamonhangaba, exercendo mandato de seis anos. Foi também deputado estadual, deputado federal e vice-governador de Mário Covas em 1994, e entre 1991 e 1994, foi presidente estadual do PSDB em São Paulo. Ainda no seu segundo mandato de deputado federal, Geraldo Alckmin foi autor do projeto [1] que se transformou na Lei 8078/90, o Código de Defesa do Consumidor, que apresentou para apreciação do congresso em 16 de novembro de 1988. Foi relator, na Câmara dos Deputados, do projeto que se converteu na Lei de Benefícios da Previdência Social. Também foi autor de um dos projetos que se converteram na Lei Orgânica da Assistência Social - Loas, e relator do projeto de lei que facilita e disciplina a doação de órgãos para transplantes. Tornou-se governador interino de São Paulo em 2001 quando a saúde de Covas ficou debilitada devido a um câncer na meninge. Empossado definitivamente no cargo com a morte de Covas, reelegeu-se em 2002.

Desde janeiro de 2006, por causa de sua aspiração à presidência da República, Alckmin vem acusando parlamentares petistas em seus discursos, citando principalmente o chamado "mensalão.

"Lula"


Luiz Inácio Lula da Silva (Caetés, PE, 27 de outubro de 1945) é um político brasileiro e presidente da República desde 1º de janeiro de 2003.

Desde os tempos de sindicalista e em toda sua vida política é conhecido por sua alcunha Lula, que posteriormente foi adicionado como parte oficial de seu nome no registro civil.

Assumiu a presidência da República Federativa do Brasil no ano de 2003 com a maior votação da história do país (52,4 milhões de votos - maior votação recebida por um homem público até então), quebrando recordes de votação de todos os ex-presidentes brasileiros.

Foi candidato a presidente em 1989 (derrotado por Fernando Collor de Mello), em 1994 (derrotado por Fernando Henrique Cardoso) e em 1998 (novamente derrotado por Fernando Henrique Cardoso), tendo por fim ganho as eleições de 2002 (derrotando José Serra).

Lula é co-fundador, presidente de honra e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT).

Lula é fundador e presidente desde 1990 do Foro São Paulo que coordena as organizações de esquerda da América Latina.

Infância
Quando Lula tinha sete anos de idade, sua família realizou uma viagem em condições precárias, dirigiu-se para o Estado de São Paulo, na esperança de oportunidades melhores de vida. Neste momento Lula já teria abandonado a escola sem concluir o primeiro grau (hoje chamado Ensino Fundamental). Passou, com sua família, então, a residir em Vicente de Carvalho, distrito da periferia de Guarujá, cidade do litoral do estado.

Nesta mesma cidade paulista, Luiz Inácio da Silva foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias. Em 1956 passou a morar em São Paulo. Com doze anos Lula foi empregado em uma tinturaria, tendo depois exercido as profissões de engraxate e auxiliar de escritório.

Seguindo para a indústria, Lula consegue uma vaga no curso de torneiro mecânico no SENAI, instituição brasileira de educação profissional, formando-se como metalúrgico em 1963. Neste mesmo ano, emprega-se na metalúrgica Aliança, onde mal avisado veio a perder o dedo mínimo esquerdo numa prensa hidráulica.

Alguns anos depois, mudou-se para São Bernardo do Campo, onde sindicalizou-se no Sindicato dos Metalurgicos 1968, por influência do irmão José Ferreira de Melo, apelidado de Frei Chico, que lhe presenteou o seu primeiro livro intitulado: O Que é a Constituição.

Em 1969 Lula foi eleito para a diretoria do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo.Em 1975 foi eleito presidente do mesmo sindicato. Reeleito em 1978, foi uma das lideranças sindicais que retomaram a prática de greves públicas de larga escala, que haviam cessado de ocorrer desde o endurecimento repressivo da ditadura militar nos 10 anos anteriores. Durante o movimento grevista, a idéia de fundar um partido representante dos trabalhadores foi amadurecendo, e, em 1980 foi fundado o Partido dos Trabalhadores (PT).

É pouco divulgado - mas atestado por algumas fontes tais como o Dicionário Histórico-Biográfico Brasileiro do Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas - o fato de que Lula, durante o início da década de 1970, viajou aos Estados Unidos, onde freqüentou curso de qualificação sindical no Instituto Interamericano de Sindicalismo Livre, organização politicamente conservadora e anti-comunista vinculada à central sindical americana AFL-CIO.
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